Em 2005, quando o Cade aprovou, com restrições, aquisições realizadas, em 2000 e 2001, pela Vale do Rio Doce no mercado brasileiro de minério de ferro, as preocupações concorrenciais decorriam, em parte, da alegada inviabilidade ou improbabilidade do ingresso de novos concorrentes, que pudessem diversificar a oferta para a indústria siderúrgica nacional.
Na ocasião, com base em pareceres da SDE e da Seae de anos anteriores, já se anunciava, mas ainda não estava clara a profunda mudança no mercado de minério de ferro trazida pelo crescimento da demanda chinesa e o conseqüente aumento da cotação internacional do produto.
Pois bem. Hoje a Anglo American - uma das maiores mineradoras do mundo, mas com atuação discreta em minério de ferro especificamente - anunciou a associação com a MMX de Eike Batista, num projeto integrado (mina-mineroduto-porto) com capacidade de produção de 26,5 milhões de toneladas anuais, a partir de 2009.
O fato é ilustrativo do dinamismo que a economia pode ter, surpreendendo positivamente, no caso, as autoridades que zelam pela concorrência no mercado brasileiro.
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