quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Congonhas

A Anac distribuiu ontem 14 pares de slots disponíveis no aeroporto de Congonhas. São dois os comentários.

Primeiro, o econômico. Cada par de slots (pouso e decolagem) é, digamos, a unidade mínima necessária para que uma empresa atue em determinado aeroporto. A Anac estabeleceu recentemente que 80% da disponibilidade caberia às empresas já atuantes no aeroporto e os 20% restantes, aos "entrantes". Essa proporção foi objeto de crítica pela Seae (vide comentários meus postados no blog em 22/06/2006), que sugeriu que coubesse aos entrantes a metade slots disponíveis como estímulo à concorrência.

Resultado da distribuição de ontem:

- BRA e OceanAir: três pares de slots cada;
- Gol, TAM e Pantanal: dois pares de slots cada;
- Total e Air Minas: um par de slots cada.

Assim, de "orelhada", parece-me que o resultado foi bastante pró-competitivo, sensação ratificada pela reação das empresas envolvidas ("Leilão da Anac beneficia BRA e OceanAir", Valor Econômico de hoje).

Agora o comentário do usuário costumaz de Congonhas, que odeia voar. Certa vez, voltando para São Paulo com um cliente, italiano, perguntei a ele o que estava pensando, quando o vi olhando admirado para a cidade da janelinha do avião: "Só vocês para terem um aeroporto desses dentro da cidade!”.

Sendo educado, pergunto: não seria prudente e oportuno diminuir o número de vôos em Congonhas?

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