A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,4 bilhões em junho. No semestre, o saldo foi 65% maior do que o do ano anterior, tendo alcançado um superávit de quase US$ 13 bilhões no semestre. A rigor, a balança comercial tem apresentado em todos os meses de 2011 saldos positivos maiores do que os de 2010, como mostrado no gráfico.
Fonte: Secex/MDIC. Elaboração EDAP.(US$ milhões) | ||||||||
Saldo | Exportações | Importações | ||||||
2010 | 2011 | 2010 | 2011 | 2010 | 2011 | |||
Jan | -180 | 418 | 11.305 | 15.214 | 11.485 | 14.796 | ||
Fev | 389 | 1.196 | 12.197 | 16.732 | 11.808 | 15.536 | ||
Mar | 672 | 1.551 | 15.727 | 19.286 | 15.055 | 17.735 | ||
Abr | 1.283 | 1.863 | 15.161 | 20.173 | 13.878 | 18.310 | ||
Mai | 3.455 | 3.527 | 17.703 | 23.209 | 14.248 | 19.682 | ||
Jun | 2.267 | 4.430 | 17.094 | 23.692 | 14.827 | 19.262 | ||
Acumulado | 7.886 | 12.985 | 89.187 | 118.306 | 81.301 | 105.321 |
Em 2011, as exportações somaram US$ 118 bilhões, com um crescimento vigoroso em relação a 2010, quanto totalizaram US$ 89 bilhões. As exportações, em termos de valor médio diário, cresceram 31,6%, porém esse resultado se deve ao crescimento das vendas de produtos básicos, cujo crescimento foi de 44%. Produtos semimanufaturados e manufaturados tiveram variação positiva, mas inferior à média das exportações.
Exportações Brasileiras por Fator Agregado
O crescimento mais acentuado das exportações de produtos básicos dá-se em conformidade com a maior dependência da Ásia e da China, em particular, como destino das vendas brasileiras. No primeiro semestre de 2011, as exportações para a China tiveram maior crescimento (47,6%) e, em termos absolutos (US$ 20 bilhões), superaram com folga as vendas para o Mercosul (US$ 13 bilhões) e para os Estados Unidos (US$ 12 bilhões). O mercado chinês já representa cerca de 80% das exportações brasileiras para União Europeia como um todo.
Exportações Brasileiras por Principais Destinos
Essas características - concentração em torno de produtos básicos e dependência do mercado chinês - estão interligadas e causam preocupação, pois uma eventual desaceleração mais acentuada da economia chinesa pode reduzir não só a quantidade exportada, mas principalmente o preços dessas commodities.
Por outro lado, a China tem uma importância relativamente menor (ainda) nas importações brasileiras. No primeiro semestre de 2011, as importações daquele país somaram US$ 14,7 bilhões, com crescimento (35,8%) substancial em relação a igual período de 2010, mas ainda representando 14% das importações totais brasileiras.
Importações Brasileiras por Principais Origens
O comércio com a China, portanto, é uma fonte relevante do superávit da balança comercial brasileira, com saldo positivo de US$ 5,3 bilhões no primeiro semestre de 2001. Mas a origem principal do saldo brasileiro é o comércio com os países da América Latina e Caribe, com saldo de US$ 8,9 bilhões.
Fonte: Secex/MDIC. Elaboração EDAP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário. Anônimo ou não.