Deveria ficar quieto, pois as questões subjacentes são muito complexas, mas não resisto a um comentário sobre o imbróglio "Anac, governos estaduais e companhias aéreas" envolvendo a liberação, sobretudo, dos aeroportos de Santos Dumont e da Pampulha.
Há dois modelos de transporte aéreo, um que privilegia a concentração dos passageiros em um número xis de aeroportos (hubs como Congonhas e Juscelino Kubitschek, de Brasília) e outro de transporte ponto-a-ponto entre cidades, em geral, de médio e pequeno porte.
São modelos excludentes ou complementares? O veto à maior utilização do Santos Dumont e da Pampulha vem carreando maior número de passageiros para os aeroportos do Galeão e de Confins?
Tomemos Ribeirão Preto (RP) como exemplo, gloriosa cidade de 550 mil habitantes, PIB per capita de R$ 20 mil (IBGE), distante cerca de 300km da capital paulista.
O ribeirãopretano que deseja ir ao Rio de Janeiro tem as seguintes opções:
Só há voos diretos para o Santos Dumont e quem é obrigado a ir até Congonhas (3 horários em avião grande) aproveita a ponte aérea até o Santos Dumont. Os passageiros que vão até Cumbica são em número menor, pois são 5 horários em avião pequeno e, além disso, é provável que tenham por destino final o exterior ou se dispersem entre vários destinos nacionais atendidos a partir dali.
É claro: são impressões, ademais colhidas de um único exemplo. Mas, correndo risco:
a) existe demanda para voos diretos para o Santos Dumont, sem passar por Congonhas, mas os passageiros são transportados em aviões pequenos (de até 50 lugares pela restrição imposta à operação naquele aeroporto), menos confortáveis e provavelmente menos eficientes;
b) a alternativa de fato é a conexão em Congonhas, sabidamente saturado, e de lá para o Santos Dumont e não para o Galeão.
Assim, pelo menos para os meus queridos ribeirãopretanos, cansados do Pinguim, o Galeão não é uma alternativa para o Santos Dumont e o fim das restrições às operações nesse aeroporto (nem falo do número de frequências, mas da possibilidade de utilização de aeronaves maiores) apenas faria com que chegassem mais rápido, com mais conforto e, quem sabe, pagando menos.
Há dois modelos de transporte aéreo, um que privilegia a concentração dos passageiros em um número xis de aeroportos (hubs como Congonhas e Juscelino Kubitschek, de Brasília) e outro de transporte ponto-a-ponto entre cidades, em geral, de médio e pequeno porte.
São modelos excludentes ou complementares? O veto à maior utilização do Santos Dumont e da Pampulha vem carreando maior número de passageiros para os aeroportos do Galeão e de Confins?
Tomemos Ribeirão Preto (RP) como exemplo, gloriosa cidade de 550 mil habitantes, PIB per capita de R$ 20 mil (IBGE), distante cerca de 300km da capital paulista.
O ribeirãopretano que deseja ir ao Rio de Janeiro tem as seguintes opções:
- voos diretos: só há voos para Santos Dumont, da Passaredo (6h30, 12h20 e 18h30, voando de EMB 120 de 30 lugares) e da Trip (9h00 e 19h30, voando ATR-42 de 42-48 lugares).
- voos com conexão: voando Tam até Congonhas (3 horários) e de lá para o Santos Dumont ou para o Galeão; ou voando Passaredo até Cumbica (5 horários) e lá para o Galeão.
Só há voos diretos para o Santos Dumont e quem é obrigado a ir até Congonhas (3 horários em avião grande) aproveita a ponte aérea até o Santos Dumont. Os passageiros que vão até Cumbica são em número menor, pois são 5 horários em avião pequeno e, além disso, é provável que tenham por destino final o exterior ou se dispersem entre vários destinos nacionais atendidos a partir dali.
É claro: são impressões, ademais colhidas de um único exemplo. Mas, correndo risco:
a) existe demanda para voos diretos para o Santos Dumont, sem passar por Congonhas, mas os passageiros são transportados em aviões pequenos (de até 50 lugares pela restrição imposta à operação naquele aeroporto), menos confortáveis e provavelmente menos eficientes;
b) a alternativa de fato é a conexão em Congonhas, sabidamente saturado, e de lá para o Santos Dumont e não para o Galeão.
Assim, pelo menos para os meus queridos ribeirãopretanos, cansados do Pinguim, o Galeão não é uma alternativa para o Santos Dumont e o fim das restrições às operações nesse aeroporto (nem falo do número de frequências, mas da possibilidade de utilização de aeronaves maiores) apenas faria com que chegassem mais rápido, com mais conforto e, quem sabe, pagando menos.
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