"O setor bancário brasileiro possui concorrentes fortes, não é concentrado, mas carece de competição".
Essa é a visão do Cade sobre o mercado financeiro, segundo Juliano Basile ("Cade vê baixa concentração no país". Valor Econômico de hoje).
Sobre a baixa concentração, a reportagem baseia-se na análise da compra do ABN Amro pelo Santander feita pelo Cade no final do ano*, segundo a qual, por exemplo, os três maiores bancos no Brasil têm uma participação de 45% no total de ativos (2004), percentual superior ao verificado nos Estados Unidos (29,3%), mas inferior ao que ocorre em outros 11 países listados. O Banco do Brasil é a empresa de maior participação em depósitos à vista e à prazo, assim como em empréstimos. A Caixa Econômica Federal tem maior participação em poupança.
Sobre a suposta falta de competição, as indicações são menos objetivas. "Ainda que os clientes conheçam as taxas dos serviços e possam compará-las, o custo de mudança faz com que eles reflitam se vale a pena transferir sua conta", segundo Elizabeth Farina, presidente do Cade. Segue Basile: "Daí, o impacto na concorrência. Muitos clientes não trocam de bancos porque é difícil estimar os custos desta mudança".
Os serviços bancários não podem ser comparados, digamos, a um sabão em pó, cujas compras dão-se em intervalos curtos, permitindo que os consumidores adquiram ora uma, ora outra marca. O "custo da mudança" existe e sua redução é desejável. Porém não se deve simplesmente supor que "falte competição" por conta dessa característica, que, aliás, é comum a vários segmentos do setor de serviços.
* A Edap (eu, inclusive) participou da notificação do Ato de Concentração.
Essa é a visão do Cade sobre o mercado financeiro, segundo Juliano Basile ("Cade vê baixa concentração no país". Valor Econômico de hoje).
Sobre a baixa concentração, a reportagem baseia-se na análise da compra do ABN Amro pelo Santander feita pelo Cade no final do ano*, segundo a qual, por exemplo, os três maiores bancos no Brasil têm uma participação de 45% no total de ativos (2004), percentual superior ao verificado nos Estados Unidos (29,3%), mas inferior ao que ocorre em outros 11 países listados. O Banco do Brasil é a empresa de maior participação em depósitos à vista e à prazo, assim como em empréstimos. A Caixa Econômica Federal tem maior participação em poupança.
Sobre a suposta falta de competição, as indicações são menos objetivas. "Ainda que os clientes conheçam as taxas dos serviços e possam compará-las, o custo de mudança faz com que eles reflitam se vale a pena transferir sua conta", segundo Elizabeth Farina, presidente do Cade. Segue Basile: "Daí, o impacto na concorrência. Muitos clientes não trocam de bancos porque é difícil estimar os custos desta mudança".
Os serviços bancários não podem ser comparados, digamos, a um sabão em pó, cujas compras dão-se em intervalos curtos, permitindo que os consumidores adquiram ora uma, ora outra marca. O "custo da mudança" existe e sua redução é desejável. Porém não se deve simplesmente supor que "falte competição" por conta dessa característica, que, aliás, é comum a vários segmentos do setor de serviços.
* A Edap (eu, inclusive) participou da notificação do Ato de Concentração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário. Anônimo ou não.