Sugiro a leitura da coluna de Claudio Haddad no Valor Econômico ("Já é hora de parar de comprar", 20/09/2007). Ele mostra que a constituição de reservas pelo Banco Central, aprofundada a partir de janeiro (mais US$ 66 bilhões até julho), foi incapaz de deter a queda da taxa de câmbio, que caiu de 2,14 para 1,88 entre janeiro e julho.
A valorização do real poderia ter sido maior? "Provavelmente sim", ele responde, mas "há uma boa razão para se suspeitar que a atuação do BC tenha sido em boa parte contraproducente. Isto porque um terceiro e importante componente da valorização cambial tem sido, pelo menos até julho, o capital especulativo atraído pela arbitragem de juros entre real e dólar ou ienes". São dois os fatores que estimulam o ingresso de capital de curto prazo do exterior.
O primeiro diz respeito a percepção de risco de desvalorização do câmbio: "as intervenções maciças e previsíveis do BC aumentam a atratividade da operação e o influxo de capitais, forçando-o a continuar adquirindo divisas, em um círculo vicioso".
O segundo, é claro, resulta do próprio diferencial de juros: "a manutenção da inflação dentro da meta não deixa muita margem de manobra". Se não há "muita margem" para redução do juros, isto significa que há alguma, não é? A política de juros do Banco Central explora a margem de manobra que tem, ainda que pequena?
Interessante contrapor a reação à recente redução da taxa de juros pelo Fed: "Copom não irá interromper ciclo de cortes da Selic, crêem analistas", subtítulo: "Depois da surpresa do Fed, sinalização de parada terá de ser revista" (na mesma edição do Valor).
A valorização do real poderia ter sido maior? "Provavelmente sim", ele responde, mas "há uma boa razão para se suspeitar que a atuação do BC tenha sido em boa parte contraproducente. Isto porque um terceiro e importante componente da valorização cambial tem sido, pelo menos até julho, o capital especulativo atraído pela arbitragem de juros entre real e dólar ou ienes". São dois os fatores que estimulam o ingresso de capital de curto prazo do exterior.
O primeiro diz respeito a percepção de risco de desvalorização do câmbio: "as intervenções maciças e previsíveis do BC aumentam a atratividade da operação e o influxo de capitais, forçando-o a continuar adquirindo divisas, em um círculo vicioso".
O segundo, é claro, resulta do próprio diferencial de juros: "a manutenção da inflação dentro da meta não deixa muita margem de manobra". Se não há "muita margem" para redução do juros, isto significa que há alguma, não é? A política de juros do Banco Central explora a margem de manobra que tem, ainda que pequena?
Interessante contrapor a reação à recente redução da taxa de juros pelo Fed: "Copom não irá interromper ciclo de cortes da Selic, crêem analistas", subtítulo: "Depois da surpresa do Fed, sinalização de parada terá de ser revista" (na mesma edição do Valor).
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