quarta-feira, 6 de julho de 2011

Balança Comercial: Junho/2011

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,4 bilhões em junho. No semestre, o saldo foi 65% maior do que o do ano anterior, tendo alcançado um superávit de quase US$ 13 bilhões no semestre. A rigor, a balança comercial tem apresentado em todos os meses de 2011 saldos positivos maiores do que os de 2010, como mostrado no gráfico.
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Fonte: Secex/MDIC. Elaboração EDAP.






(US$ milhões)
Saldo

Exportações

Importações
2010
2011

2010
2011

2010
2011
Jan
-180
418

11.305
15.214

11.485
14.796
Fev
389
1.196

12.197
16.732

11.808
15.536
Mar
672
1.551

15.727
19.286

15.055
17.735
Abr
1.283
1.863

15.161
20.173

13.878
18.310
Mai
3.455
3.527

17.703
23.209

14.248
19.682
Jun
2.267
4.430

17.094
23.692

14.827
19.262
Acumulado
7.886
12.985

89.187
118.306

81.301
105.321
Fonte: Secex/MDIC. Elaboração EDAP.

Em 2011, as exportações somaram US$ 118 bilhões, com um crescimento vigoroso em relação a 2010, quanto totalizaram US$ 89 bilhões. As exportações, em termos de valor médio diário, cresceram 31,6%, porém esse resultado se deve ao crescimento das vendas de produtos básicos, cujo crescimento foi de 44%. Produtos semimanufaturados e manufaturados tiveram variação positiva, mas inferior à média das exportações.

Exportações Brasileiras por Fator Agregado
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O crescimento mais acentuado das exportações de produtos básicos dá-se em conformidade com a maior dependência da Ásia e da China, em particular, como destino das vendas brasileiras. No primeiro semestre de 2011, as exportações para a China tiveram maior crescimento (47,6%) e, em termos absolutos (US$ 20 bilhões), superaram com folga as vendas para o Mercosul (US$ 13 bilhões) e para os Estados Unidos (US$ 12 bilhões). O mercado chinês já representa cerca de 80% das exportações brasileiras para União Europeia como um todo.

Exportações Brasileiras por Principais Destinos
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Essas características - concentração em torno de produtos básicos e dependência do mercado chinês - estão interligadas e causam preocupação, pois uma eventual desaceleração mais acentuada da economia chinesa pode reduzir não só a quantidade exportada, mas principalmente o preços dessas commodities.

Por outro lado, a China tem uma importância relativamente menor (ainda) nas importações brasileiras. No primeiro semestre de 2011, as importações daquele país somaram US$ 14,7 bilhões, com crescimento (35,8%) substancial em relação a igual período de 2010, mas ainda representando 14% das importações totais brasileiras.

Importações Brasileiras por Principais Origens
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O comércio com a China, portanto, é uma fonte relevante do superávit da balança comercial brasileira, com saldo positivo de US$ 5,3 bilhões no primeiro semestre de 2001. Mas a origem principal do saldo brasileiro é o comércio com os países da América Latina e Caribe, com saldo de US$ 8,9 bilhões.

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Fonte: Secex/MDIC. Elaboração EDAP.

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