De acordo com a Info (aqui), citando a NetApplications: a participação do Internet Explorer (IE) no mercado mundial de navegadores para a internet era de 95% em 2004; cinco anos depois, mais precisamente em outubro, caiu para 65%, enquanto que o Firefox (com o qual eu escrevo essa nota), da Fundação Mozilla, viu seu share passar para 25%. E vem aí, ainda em evolução, o Chrome, do Google(*).
O otimista (com relação à defesa da concorrência) dirá que essa muito significativa perda de participação deve-se à pressão das autoridades, em especial da Comissão Europeia, que há algum tempo impôs restrições à inclusão do Media Player no sistema operacional Windows e que desde janeiro de 2009 investiga o mesmo tipo de "empacotamento", agora com relação ao IE. Pelas informações divulgadas na imprensa, e aqui reproduzidas, a Microsoft ofereceu recentemente algumas "concessões", como a possibilidade de escolha pelo usuário do Windows do navegador que deseja instalar no computador e de remoção do IE pré-instalado.
O pessimista dirá que a Microsoft dificilmente cederia antecipadamente às pressões (não há nada concluído com relação ao IE); que a trajetória de perda de participação já se estabeleceu há um bom tempo, em decorrência da vivência dos usuários de internet, que ao longo do tempo aprenderam o que é um browser, quais são as alternativas ao IE e como avaliá-las; e que, claro, o sucesso do Firefox deve-se à competência da Fundação Mozilla.
O pessimista do parágrafo anterior o é com relação à defesa da concorrência ou é um otimista com relação ao próprio funcionamento do mercado?
(*) Tem também o Safari, da Apple... bom, mas estamos falando só de computadores, né?
O otimista (com relação à defesa da concorrência) dirá que essa muito significativa perda de participação deve-se à pressão das autoridades, em especial da Comissão Europeia, que há algum tempo impôs restrições à inclusão do Media Player no sistema operacional Windows e que desde janeiro de 2009 investiga o mesmo tipo de "empacotamento", agora com relação ao IE. Pelas informações divulgadas na imprensa, e aqui reproduzidas, a Microsoft ofereceu recentemente algumas "concessões", como a possibilidade de escolha pelo usuário do Windows do navegador que deseja instalar no computador e de remoção do IE pré-instalado.
O pessimista dirá que a Microsoft dificilmente cederia antecipadamente às pressões (não há nada concluído com relação ao IE); que a trajetória de perda de participação já se estabeleceu há um bom tempo, em decorrência da vivência dos usuários de internet, que ao longo do tempo aprenderam o que é um browser, quais são as alternativas ao IE e como avaliá-las; e que, claro, o sucesso do Firefox deve-se à competência da Fundação Mozilla.
O pessimista do parágrafo anterior o é com relação à defesa da concorrência ou é um otimista com relação ao próprio funcionamento do mercado?
(*) Tem também o Safari, da Apple... bom, mas estamos falando só de computadores, né?
Gostaria primeiro de parabenizar o blog, o qual venho acompanhando há algum tempo e venho agora postar a primeira opinião.
ResponderExcluirEu não vejo a situação descrita necessariamente como uma vitória dos Órgãos antitruste, o que, talvez, me tornasse um pessimista no sentido do texto.
Acredito que a vitória não só do Firefox, mas atualmente também do Chrome, se dá em grande parte pelo grau de competitividade que a indústria de softwares como mercado alcançou. A seletividade de players eficientes creio que se dê pela escolha de programas, como os referidos navegadores.
Isto posto, o mercado alcançou um grau de seleção pelos usuários pelo próprio funcionamento do software e não mais somente pelo sistema operacional, o que talvez me torne um otimista pelo amadurecimento do próprio mercado.
Acontece que eu parto da premissa de que para um desenvolvimento adequado do mercado é necessário que existam meios para tanto, sendo um deles a defesa da concorrência, a qual busca manter um nível de equilíbrio de mercado.
Tomo como base a idéia de que mercados perfeitamente competitivos existem basicamente no plano teórico, porém estes devem ser o escopo de um mercado no plano real, devendo as autoridades antitruste trabalharem para tanto. Parto assim de uma visão de "trabalho" conjunto entre defesa da concorrência e bom funcionamento para o desenvolvimento do mercado.
Assim sendo, lanço a seguinte pergunta: como uma visão otimista do bom funcionamento do mercado pode estar relacionado com um olhar pessimista sobre a defesa da concorrência?